Fundo de recuperação da COVID-19 deve ser incluído no orçamento de longo prazo da UE

Mai 14, 2020 | Sem categoria

Os eurodeputados vão discutir os planos para relançar a economia europeia face à COVID-19, nesta quarta-feira, e votarão uma resolução, no final da semana.

 

O surto de coronavírus está a testar a União Europeia (UE) de uma maneira que seria impensável há apenas alguns meses. Ao custo humano associado ao número de vítimas mortais, veio juntar-se um setor económico seriamente atingido pela pandemia.

 

Antes da votação sobre os planos de revisão do orçamento europeu pós-2020, o presidente da Comissão dos Orçamentos do Parlamento Europeu, Johan Van Overtveldt, alertou para uma possível recuperação económica que será “lenta e gradual” e para a previsão de um declínio de 7,5% na atividade económica que, para este ano, é uma “previsão moderada”.
 

Na ENTREVISTA transmitida na página do Facebook do Parlamento, o membro belga do Grupo dos Conservadores e Reformistas Europeus, observou que ainda há muita incerteza: “Nem mesmo em tempo de guerra a vida económica chegou a um impasse de uma forma tão repentinaHá tanta incerteza: haverá uma recaída? Haverá uma segunda vaga de confinamentos? Qual será o humor dos investidores e dos consumidores?”

 

Desde o início da pandemia, a UE tem mobilizado todos os meios ao seu alcance para ajudar os Estados-Membros a reforçar os seus setores de saúde e mitigar o impacto socioeconómico do vírus.

 

O Parlamento também pediu um pacote de recuperação em grande escala para apoiar a economia europeia após a crise. Van Overtveldt sublinhou que esse pacote deve ser incorporado no próximo orçamento de longo prazo da UE: “O fundo de recuperação deve ser substancial, mas deve integrar o próximo QFP [quadro financeiro plurianual], para 2021-2027, ao invés de ser considerado como algo à parte.”

 

Com o atual orçamento de longo prazo com fim previsto para dezembro, o eurodeputado frisou a importância de um plano de contingência para o caso de não se chegar a tempo a um acordo sobre o orçamento pós-2020: “À medida que nos aproximamos do mês de junho, o tempo torna-se curto para que o QFP seja aprovado e se torne operacional a tempo, e uma descontinuidade dos atuais programas da UE seria muito má para os cidadãos e para a reputação e a coerência política da UE.”

 

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Fonte: PE