Num contexto de recessão, o setor da construção e materiais de construção reinventa-se apostando na diferenciação. Este é o tema da Newsletter 278 do COMPETE 2020.
As macrotendências mundiais mostram que toda a fileira da construção está a mudar, no sentido de caminhar para uma abordagem integrada ao ciclo de vida de uma construção: projeto, construção, manutenção e demolição.
O ambiente edificado vive momentos de mudança perante a procura de edifícios mais eficientes, reduzindo o seu impacto no planeta e proporcionando espaços confortáveis e eficientes para as pessoas viverem, trabalharem ou aproveitem apenas os espaços de lazer.
Construir com sustentabilidade é construir com racionalidade, tendo em vista a minimização dos impactes ecológicos que prejudicam a biodiversidade. Este objetivo concretiza-se com o planeamento partilhado, com a utilização racional dos materiais, com o respeito pelos ciclos naturais do ar e da água, com o recurso a estratégias passivas de produção de energia e com a gestão e reciclagem de lixos.
Construção sustentável, também várias vezes designada por construção verde ou pela expressão internacional “Green Building”, é um termo usado para designar as práticas construtivas que aumentam a eficiência dos edifícios no que concerne ao uso de energia, água e outros recursos naturais.
Implica a utilização de materiais e processos que reduzem o impacto negativo na saúde das pessoas e no ambiente, desde a implantação, projeto, construção, manutenção e demolição do edifício, ou seja, durante o seu inteiro ciclo de vida útil.
Um contexto de oportunidades para as empresas que atuam no edificado que estão a apostar no desenvolvimento de soluções sustentáveis, colaborativas e suportadas na transformação digital, como os projetos apresentados nesta Newsletter:
Projeto Speed Up – Materiais de Construção 4.0, promovido pela Associação Portuguesa dos Comerciantes de Materiais de Construção (APCMC), tem como principal objetivo acelerar a transição dos materiais de construção para uma nova realidade de adoção tecnológica e digital nos processos de negócio das PME, condições essenciais ao desenvolvimento de uma abordagem integral e integrada na fileira da construção nacional.
Projeto brickITsmart – resultante de um consórcio entre a Dreamdomus e a Universidade de Aveiro – visa desenvolver módulos habitáveis aliados ao conceito do it yourself. Pretende-se que sejam utilizados materiais sustentáveis e aplicações tecnológicas que contribuam para a redução de consumos.
Projeto MitRisk – Plataforma para apoio à redução do risco sísmico, falámos com José Miguel Castro, investigador responsável deste projeto cofinanciado pelo COMPETE 2020 que visa desenvolver uma plataforma web para análise custo-benefício que possibilitará a elaboração de planos de reforço sísmico focados nas tipologias de edifícios mais vulneráveis, nomeadamente as anteriores a 1983.
Projeto CERU4 – Este projeto tem como principal objetivo o desenvolvimento de pavimentos cerâmicos decorados, com elevada resistência ao desgaste, compatível com o nível máximo de exigência U4 preconizado no teste de Mazaud no âmbito da classificação UPEC. Em simultâneo, procura-se minimizar as alterações estéticas e visuais do material (cor, decoração), para que as soluções possam abranger todas as gamas cromáticas dos pavimentos.Maior resistência ao desgaste, mais durabilidade, mais eficiência de recursos.
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Fonte: Compete2020